sexta-feira, 17 de junho de 2011

RENDAS EXTRAS DOS VEREADORES, MITO OU UMA VERDADE DA CÂMARA MUNICIPAL?


Quem já foi e é vereador sabe como funciona o esquema para gerar rendas extras auferidas pelos vereadores daquela casa, não estou falando dos “mensalinhos” que as administrações municipais também repassam aos legisladores mirins para se tornarem defensores até a alma das gestões, ou simplesmente não atrapalhar aos interesses do executivo, nem de funcionários fantasmas que não trabalham, mas que tem contracheques no fim do mês.

O esquema é antigo, e passou a ser quase que uma obrigação pra quem é diplomado com vereador - se um não entrar no esquema prejudicam os demais -. O dito salário extra sai do racha de contribuições de INSS que são recolhidos de funcionários e IRRF (Imposto de renda retido na fonte sobre os rendimentos do trabalho) dos vereadores que não são repassados à previdência nem aos cofres da prefeitura municipal, respectivamente. Somando-se a esses valores há também aqueles funcionários não-fantasmas que assinam um valor no contracheque, mas que na prática o que cai na sua conta bancária é um misero salário mínimo.

O esquema não é perfeito, são muito raros os casos que o funcionário recebe o valor em sua conta corrente e repassa a parte para o vereador no qual ele é vinculado, então para garantir o recebimento do valor os pagamentos geralmente são em cheque, que depois de descontado pelo vereador é repassado o valor do funcionário, com tudo “legalizado”, contracheque assinado pelo funcionário, folha de pagamento e tudo que a justiça quer.

Esse crime é de conhecimento há muito tempo pelo ministério público que nunca se viu uma ação do mesmo, até lá veremos muitos trabalhadores servindo de laranja para manter o esquema funcionando. Porque seria que a vaga de vereador é tão disputada por quem já sentou naquelas cadeiras? Pelo prazer de defender a população é que não é... É muito dinheiro público em jogo.

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